Saudades de viver uma quarta-feira ideal

Raul Ferreira
1 min readJul 14, 2021

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Faz pouco mais de um ano, entretanto, lembro-me como se fosse hoje: a última vez que vivi a minha quarta-feira ideal. Desde então, toda semana a minha memória revive com certo saudosismo o script que não mais se repetiu.

A ansiedade pelo fim do expediente, o caminho até o metrô, as baldeações, a parada no ambulante para tomar uma, o caminho até o estádio. Quartas-feiras invariavelmente geladas nas quais a temperatura muda bruscamente conforme o apito inicial da partida se aproxima.

Os cânticos, fogos, ‘elogios’ ao trio de arbitragem, suspiros, o grito de gol, o abraço no desconhecido que se transforma em melhor amigo, o silêncio após a explosão (inserido recentemente graças ao VAR), o alívio. A festa no apito final.

Não importa o clube que você torce, nem a cidade, nem mesmo o país. Na América do Sul, todo torcedor apaixonado sabe exatamente o roteiro de uma quarta-feira ideal.

Todos compartilhamos do mesmo sentimento: a saudade de uma quarta-feira de Libertadores em casa.

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